Cuba sofre terceiro apagão nacional em apenas dois meses

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O Ministério de Energia e Minas (Minem) de Cuba informou nesta quarta-feira (4) que o país sofreu um novo apagão nacional, o terceiro em apenas dois meses, após a falha de uma central termelétrica fundamental para o Sistema Elétrico Nacional (SEN).

“Às 2h08 desta manhã, ocorreu a desconexão do Sistema Elétrico, SEN, após a saída da termelétrica Antonio Guiteras devido ao desligamento automático. Estão em andamento os trabalhos de restauração”, declarou o Minem nas redes sociais.

Cuba sofreu o primeiro apagão nacional deste ano no dia 18 de outubro devido a outra pane nessa mesma termelétrica, e um segundo em 6 de novembro,  durante a passagem do furacão Rafael, de categoria 3 (de 5) na escala Saffir-Simpson, no oeste do país.

Em ambos os casos, foram necessários dias para restabelecer o serviço em toda a ilha.

O país está há anos atolado em uma crise energética devido à falta de combustível – pela falta de divisas para importá-lo – e devido às frequentes avarias nas suas centrais termelétricas obsoletas, com décadas de operação e um déficit crônico de investimentos. A situação piorou desde o final de agosto.

Até agora, nenhuma outra autoridade do regime de Miguel Díaz-Canel se pronunciou sobre este novo colapso do sistema energético.

Nesta terça-feira (3), o país caribenho registrou a maior taxa de impacto devido ao déficit na geração de eletricidade, com 52%, valor semelhante ao anunciado em 19 de novembro.

Os apagões frequentes prejudicam a economia – que já contraiu 1,9% em 2023 – e alimentam a agitação social, visível na migração em massa dos últimos anos e nos protestos que têm acontecido desde 2021.

Em meados de novembro, o ministro da Economia cubano, Joaquín Alonso Vázquez, reconheceu que o Produto Interno Bruto (PIB) também sofrerá uma contração em 2024.

“O desenvolvimento econômico de um país depende muito da energia e temos tido problemas elétricos ao longo do ano (…) Por outro lado, também não tivemos um abastecimento estável de combustível este ano. Há falta de gasolina, de diesel, etc… e a economia precisa de energia para ter dinamismo”, afirmou.

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